quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A primeira viagem

Desconsiderando o fato de que a viagem de vinda do Spike de Curitiba para Porto Alegre foi a primeira dele, falaremos da primeira viagem conosco.
Logo no segundo final de semana em sua nova casa fomos para a praia. Antes de pegar a estrada, eu e o Spike fomos pegar a sua "mãe", ainda em Porto Alegre. Até lá, ele foi como um legítimo parceirão, com a cabeça escorada no console central entre os bancos dianteiros. Quem olhava de fora, provavelmente pensava que eu era um louco, falando e rindo sozinho, já que ele ficava oculto entre os bancos.
Logo no início da freeway, ele já ficou 100% ambientado e definiu que o seu lugar seria embaixo dos bancos em função do vento da saída de ar. Ali ele ficou e foi durante todo o trajeto de 200km.

Socialização do animalzinho

Um ponto abordado na maioria dos livros de adestramento se refere a socialização do animalzinho com outras pessoas, ambientes e outros animais.
Como tivemos o imprevisto de ter que ficar com o Spike mais tempo do que o programado longe de locais públicos, já fomos planejando o como apresentá-lo a outras pessoas e lugares. O primeiro passo ocorreu já no primeiro final de semana em casa com a visita dos "tios" do Spike.
No primeiro dia até ficou um pouco mais recioso, mas no segundo dia brincava e pulava com todo mundo. Já era o primeiro passo. Quanto a lugares, o que pudemos fazer na primeira semana foi descer até a garagem e pátio do prédio para que ele não se assustasse com os barulhos de carros e movimentos.
Abaixo uma foto do sábado, onde o garotão estava mais recatado:
 Uma das recomendações da veterinária era dar muito amor. O que nunca falta pra ele:

Doenças caninas

Antes de definirmos que o nosso cão seria um Golden, pesquisamos muito sobre os problemas mais comuns da raça. O mais comum e citado em todas as referências se trata da displasia coxofemural, que em poucas palavras, se refere a problemas de articulação, causada pelo peso considerável da raça e aliada a outros fatores, como exemplo: piso muito liso e forma de andar incorreta, mas principalmente a herança genética.
Esse foi o que mais nos preocupou, mas logo nos primeiros dias do Spike conosco já ficamos conhecendo sobre uma terrível doença dos cães: a cinomose.
Tudo começou quando notamos que o Spike estava com muita secreção nasal e espirros. Após o segundo dia e nada de melhora, corremos para uma clínica veterinária. Chegando lá a veterinária nos deu um imenso susto: disse que era muito provável que fosse a tal cinomose.
A cara dela e a forma que nos colocou os efeitos nos deixou completamente abalados, já prevendo o pior. Pra piorar ainda mais, chegamos em casa e começamos a varrer a internet para pesquisar sobre isso, notando que em grande parte dos casos o cãozinho morre ou fica com sequelas.
Com todos os exames realizados, tratamento seguido a risca, restou que o tempo nos comprovasse que realmente era só o imenso alarme da primeira veterinária que o atendeu, e basicamente era apenas um princípio de pneumonia, causado pelo frio que o Spike pegou o dia inteiro no embarque para nossa casa (cfe.já comentamos no primeiro post).
Hoje em dia (passado mais de um mês do susto), o saldo de tudo isso é o enclausuramento do nosso garotão, pois tivemos que reiniciar todo o tratamento das vacinas (V10), e a previsão para sair da "liberdade condicional" é para o final do mês que vem.
(Spike no seu segundo dia na nova casa)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Visitas ao site e atualizações

Hoje tivemos a honra de receber o primeiro comentário, e para nossa maior alegria foi do blog da Luna.
Falamos em alegria, pois não nos constrangemos em dizer que o blog deles foi quem nos inspirou. Desde a leitura de todos os posts que colocaram sobre a criação de um Golden em apartamento, até a criação do nosso blog, para fazer disso uma espécie de diário do Spike e também poder ajudar a quem tiver na mesma situação, através dos nossos relatos do dia a dia.
Também ficamos contentes em saber que pessoas de vários lugares do Brasil e até de fora viram o nosso blog.
Além de podermos compartilhar a nossa alegria na convivência com um maravilhoso Golden, esperamos que assim como o blog da Luna nos motivou, possamos fazer o mesmo para quem ainda tiver dúvidas.

Temos várias situações que já vivemos com essa figurinha e esperamos nos próximos dias postar todas elas com seus devidos registros.
Aqui vai o vídeo de uma nova travessura dele (aprendeu a subir no puff):

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Fotos do primeiro dia




(Sim, ele é um machinho. O detalhe do coraçãozinho foi coisa do canil e durou poucas horas.)

O primeiro dia no novo lar

Toda e qualquer definição encontrada na internet sobre os Goldens abordam o perfil dócil e companheiro da raça, e com nosso Spike não foi diferente. Aqui vale ressaltar a questão de procurar um filhote com boa procedência para evitar diferenças comportamentais.E sem querer separar os puros dos não puros, todo cão deve ser amado e tratado como um membro da família, mas é importante saber que se não for de raça pura, a tendência é que o padrão não seja fiél ao que lemos por aí.
Voltando ao nosso amigão Spike, desde o primeiro momento em que pegamos ele já demonstrou afetividade. Incrível como essa raça nos mostra o mundo de uma outra forma. Imaginamos um ser humano, com poucos meses de vida, tirado da família, passado fome, sede e frio durante um dia inteiro... e pra fechar, pegar uma turbulência? Não teríamos humor de maneira alguma. Pois bem... o nosso amigão já mostrou seu enorme coração na primeira vez que pegamos no colo. Já nos recebeu de uma forma magnífica e veio até em casa querendo brincar e lamber, como se fosse uma espécie de agradecimento.
Logo que entrou em nosso apartamento, cheirou tudo,... mas tudo mesmo. Cada cômodo e seus cantos.
Corremos colocar a ração e água, pois sabíamos que estava faminto demais.
Comeu tudo em segundos e um pouco depois, para nossa maior surpresa, procurou pela casa e fez suas necessidades no jornal colocado exatamente para esse propósito. Querem melhor que isso? Então pra fechar, só o fato de que passou a noite inteira sem incomodar um segundo. Não latiu e nem chorou, já se comportando como um adulto.

A primeira e traumática viagem

Quem leu o nosso último post já deve ter imaginado que a noite de segunda pra terça foi uma ansiedade só.
Acordamos na madrugada algumas vezes pra ver se não estava no horário, pois se o nosso filhote saisse de lá as 7hs, como programado, chegaria aqui por volta das 8hs da manhã.
Por volta das 5hs, já sem conseguir dormir, acordo, olho no celular e vejo um e-mail do canil. Nele dizia que em Curitiba chovia muito e que o aeroporto estava fechado. Até aí não via nada de anormal, pois pra fechar aquilo só uma garoinha vindo de SC seria um motivo.
Acompanhando pelo site da Infraero viamos que realmente nenhum voo estava saindo, e mesmo sabendo que o canil tinha boas referências e que os proprietários foram sempre super educados e profissionais, ainda havia o medo de ter entrado numa fria. Vá que na caixa de transporte viesse uma pedra? Ou um Golden "genérico"?
Isso não foi o problema, mas sim a maldita cia.aérea. Aqui vale prolongar o post pra citar tudo que passamos com esses irresponsáveis e evitar ao máximo um sofrimento assim para os nossos filhotes.
A referida cia. foi a TAM, e descontando todos os problemas meteorológicos, sobraram ligações sem respostas, atendente informando que ele havia sido despachado em voo que até cancelado tinha sido, e mentiras e mais mentiras. Resultado: o nosso Spike foi deixado pelo canil as 3hs da manhã da madrugada de terça (como pede o protocolo) e só chegou aqui a 0h30min da madrugada de quarta. Quase um dia inteiro.
Ficamos grato com o pessoal do canil que foi até o aeroporto no início da tarde para dar água ao Spike e saber das condições, porém, a maldita TAM teve mais uma mancha em seu nome.
(Uma pena que não tínhamos a foto do nosso, mas tirando a cor da caixa, ele veio exatamente assim. Foto: Internet)

A ansiedade da chegada do filhote

Passado o momento inicial de todo o processo da escolha do filhote, já estávamos cada vez mais convictos da nossa decisão e a ansiedade pela chegada era imensa.
Nossa ideia era ter o bebê já na mesma semana, mas pelo fato de termos feito tudo pela internet, acabou demorando um pouco mais em função do despacho.
Realizamos pagamento a vista (mesmo sabendo de todos os riscos de uma transação a distância) e imaginávamos que o nosso Spike já pudesse passar o primeiro final de semana conosco. Isso era lá por quinta-feira.
Ora, se estamos falando de Curitiba para Porto Alegre, até mesmo de carro levaria menos de um dia. O que diríamos se fosse por transporte aéreo? Isso era o que pensávamos, mas o pessoal do canil nos informou que a cia.aérea pedia 48 de antecedência para o embarque e que nos finais de semana tinham quase certeza que não embarcariam.
Pronto, já sabíamos que chegaria só na segunda, e pela reserva confirmaram que sairia de CWB as 7h da manhã.
No sábado a tarde, recebemos uma ligação no celular com prefixo 41. O primeiro pensamento era: "Anteciparam ou ele já está a caminho!". Lógico que era para aumentar mais a aflição, pois a proprietária informou problemas particulares e o nosso amigão só viria na terça-feira. Fora a decepção da notícia, só nos restou tentar esquecer o assunto durante o final de semana e guardar todas as coisas que já estavam aguardando o nosso Spike em casa, pois mal sabíamos o que nos aguardava...

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Os conselhos sobre ter um Golden em apartamento

Em nosso primeiro post não citamos um "pequeno" detalhe: moramos em um apartamento.Claro que falamos pelas preferências por raças de porte pequeno ou grande, e que esta era a primeira discussão sobre o tema.
Em todos os casos que falamos do nosso objetivo em ter um Golden fomos criticados e completamente desanimados. Ao mesmo tempo que a raiva de não encontrar ninguém que nos apoiasse aumentava, também nos motivou para provar que sabíamos das dificuldades que encontraríamos, e muito mais, pela questão de que conhecemos o perfil da raça Golden, muito diferente de todos que criticaram.
É lógico, que tentar criar um pastor alemão, por exemplo, em um apartamento, seria um tanto quanto arriscado, mas um Golden, apesar do porte, tem um perfil extremamente dócil, requerendo muito menos cuidados que outras raças de maior porte.
Nas nossas pesquisas pela Web, encontrarmos um excelente blog, o qual nos motivou ainda mais no nosso obejtivo e de ter a certeza que não estávamos sozinhos. Enfim, sabíamos que era realmente possível criá-lo em um apartamento.
Para quem se interessar, recomendamos o blog da simpática Golden Luna: http://umgoldenemnossavida.blogspot.com

Nos próximos posts iremos falar sobre as nossas experiências práticas e o dia a dia do nosso Spike dentro de um apartamento. São ótimos momentos, mas também as diversas travessuras do nosso filhote.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

A origem de tudo

Foi num sábado de primavera, em Porto Alegre num final de semana para ficar em casa apenas descansando, que voltamos ao assunto que não era novidade: ter um cachorro. A questão principal era definir qual raça e principalmente o porte. Este último, o grande motivo das "discussões". Ele (aqui representado pelo "pai" do futuro cachorro) já teve outros dois cachorros, ambos da raça Pastor Alemão. Ela (a futura "mãe"), que gosta de raças pequenas e possui na casa da família um Poodle de porte médio. E foi exatamente neste sábado que enfim houve o consenso.

Após ser falada na raça Golden Retriever é que ambos ficaram encantados. O perfil dócil, companheiro, fiel, porém imponente, agradou a ambos. Eis que começa a correria na Internet para pesquisar mais detalhes, e principalmente, onde encontrar um filhote de procedência.


A certeza da escolha certa fez com que fossemos nos possíveis locais de vendas de filhotes que pudessem ter o nosso Golden, porém, sem sucesso. Ao mesmo tempo que a tristeza por não ter encontrado aumentava, muito maior era a expectativa.

Até o final de semana já estávamos com a lista dos principais criadores para tentar na semana visitar os canis e enfim encontrar o filhotão.

Na semana, fizemos ligações e encontramos todo tipo de perfil: desde os mais sérios criadores, até os mais dúbios e que davam a certeza que não era aquele o local que encontraríamos o nosso Golden. Começou novamente a frustração.

Lá por quarta-feira, já desistindo da querida província de Porto Alegre, recorremos ao Google e começamos a pesquisa em outros estados. Eis que surge um Canil específico de Golden e que nos pareceu ser excelente. Ligamos pela noite, mas não conseguimos em função do horário, lógico. Mandamos um e-mail e tivemos a resposta no dia seguinte. O melhor de tudo? Eles tinham uma ninhada já disponível, nascidos em 20-10-2010. Os próximos e-mails foram apenas para decidir qual filhote e a negociação para o envio.

(Spike com 55 dias)